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quarta-feira, 3 de julho de 2013

A força do Sai de Baixo.





Sem dúvida Sai de Baixo é um dos melhores humorísticos que a televisão brasileira já exibiu. Seja com humor crítico até o escrachado besteirol que provia da simpatia imensa do elenco. Ao longos dos seus seis anos de permanência, nos brindou com vários momentos memoráveis.

Acima de tudo: personagens e bordões inesquecíveis. O casal Caco Antibes (Miguel Falabela) como seu ódio mortal por "pobre" e Magda (Maris Orth) e sua "burrice" anacrônica, dando origem ao bordão clássico dito por Caco: "cala boca Magda!". A espalhafatosa Cassandra (Aracy Balabanian). O espirituoso Vavá (Luis Gustavo). As divertidas empregadas Neide Aparecida (Marcia Cabrita) e Edileuza (Claudia Jimenez). O atrapalhado porteiro Ribamar (Tom Cavalcante), entre outros que deixaram sua marca na série.

Depois de mais de dez anos de afastamentos, o canal pago Viva nos presenteou com a volta triunfal do humorístico. Voltou com exatamente a mesma energia de sempre. Mesmo com o desfalque de Tom Cavalcante e Claudia Jimenez, não se abalou em nenhum momento. E qual será o segredo para essas figuras incorrigíveis continuarem tão eficientes? A resposta está na própria pergunta. Eles são completamente incorrigíveis. Os caminhos tomados por mais tolos que sejam, encantam o público por conhecer exatamente a natureza daquelas pessoas. Os personagens continuam longe do politicamente correto, e isso que os deixam um verdadeiro barato. Os risos da público que cercam o teatro onde é gravado o programa, contagiam o público que está assistindo em casa de certa maneira. Claro, que tudo isso se deve ao grande talento com que cada ator encarnou seu papel. Isso conta até mais que o roteiro, por mais bem bolado que seja. Essa é a grande força do Sai de Baixo. A prova disso é os divertidos improvisos do elenco que marcaram o programa.

Tive muito medo do retorno soar como uma coisa que já deu. Mas não, o roteiro escrito pelo jornalista Artur Xexéo com parceria do próprio Falabela (que estão atualmente escrevendo outra série brilhante: Pé na Cova), conseguiu atualizar e ao mesmo tempo inserir o tom nostálgico que sempre queríamos rever. Entre falas inesquecíveis do especial, está as críticas ao deputado homofóbico Marco Feliciano, com frases do tipo "chupa Feliciano!".

Os quatros episódios passaram voando e deixaram aquele delicioso gostinho de quero mais. E como faz falta programas como esse na programação atual. Que a Globo tomo mais decisões como essa e menos como O Dentista Mascarados e outras tantas porcarias que querem forçar o riso de qualquer jeito.

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